Amargando o impacto da terceira denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, o peemedebista Michel Temer confessou a auxiliares que tem medo de ser preso após deixar a presidência, informa o jornalista Josias de Souza. Os interlocutores concordam que o risco é real. Temer foi aconselhado a passar uma temporada no exterior. Mencionou-se Portugal e possíveis aulas na universidade de Coimbra.
A reportagem do portal UOL destaca que “Temer refugou o conselho [de fugir do país]. Ele descartou também a hipótese de cavar a indicação para uma embaixada —o que lhe garantiria a manutenção do escudo do foro privilegiado.”
Segundo o jornalista Josias de Souza, “a poucos dias de passar a faixa presidencial para Jair Bolsonaro, o quase-ex-presidente vive a síndrome do que está por vir. O blog apurou que, ao explicar aos auxiliares por que excluiu do seu baralho a carta da saída via aeroporto internacional, Temer soou categórico: ‘vão dizer que estou fugindo. E eu não vou fugir, vou enfrentar’.”
A matéria ainda pondera que “na denúncia que reacendeu os temores de Temer, a procuradora-geral da República Raquel Dodge acusou-o de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso envolve esquema no setor de portos, com desvios estimados em R$ 32,6 milhões entre agosto de 2016 e junho de 2017.”
E acrescenta: “entretanto, o contencioso penal que inquieta Temer é bem mais amplo. Envolve outras duas denúncias formuladas pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot a partir das delações do grupo JBS. Congeladas pela Câmara no ano passado, serão retiradas do freezer.”
Brasil 247