O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba realizou na manhã deste sábado, 2 de fevereiro, em seu auditório, na rua da Areia, Centro de João Pessoa, um ato contra o fim da Justiça do Trabalho, como tem sido admitido pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Ficou aprovado a criação de um fórum para tratar do calendário de mobilizações que vai se reunir na próxima sexta-feira, 8, no Sindicato dos Professores, às 15 horas, para definir os próximos passos da mobilização. Além disso, uma audiência pública será realizada na Câmara Municipal de João Pessoa para debater o tema. O vereador Marcos Henriques (PT) disse que o evento ainda não tem data programada até porque ele ainda vai apresentar o requerimento no dia 12, quando o poder legislativo municipal inicia suas atividades de 2019.
“O Ministério do Trabalho foi extinto e o trabalhador nunca é citado nas políticas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas, a Justiça do Trabalho ainda é um entrave para ele, então, acredito que ela pode ser extinta também porque Bolsonaro verbalizou isso e cabe ao movimento sindical denunciar as perdas de direitos, falta de fiscalização e a existência de uma casta de empresários que manda no país, além de lutar contra isso para evitar esse fim. Assim que a Câmara abrir os trabalhos, vamos realizar uma audiência pública e vou sugerir que a Assembleia faça o mesmo. Bolsonaro é uma cópia piorada do governo de Michel Temer, com características de perseguição, de preconceito e de discriminação”, adiantou Marcos Henriques.
“O saldo de nossa reunião foi muito bom, mas tenho que registrar que senti falta de algumas entidades. Ficamos sabendo que o presidente do Tribunal Regional do Trabalho recebeu um telefonema de seu superior, do TST, pedindo que ele não comparecesse ao nosso ato. Surgiu um boato de que haveria boicote porque algumas instituições da Justiça acharam que não seria bom estar ao lado de sindicatos de trabalhadores. Acho isso um absurdo! Mas, mesmo assim, vamos continuar defendendo a Justiça Trabalhista, embora atualmente ela não seja a ideal, seja ainda muito patronal, mas ainda assim acreditamos que ela é muito importante e precisa ser melhorada”, disse Land Seixas, presidente do Sindicato dos Jornalistas.
O ato contra a extinção da Justiça do Trabalho começou com um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia ambiental de Brumadinho e reuniu além dos diretores e associados do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado da Paraíba, Sindicato dos Trabalhadores da ECT na Paraíba, Central Única dos Trabalhadores, Fórum Interinstitucional pelo Direito à Comunicação na Paraíba (Findac), Associação dos Advogados Trabalhistas da Paraíba, UFPB e PT Municipal.