A renúncia do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, criou uma situação inusitada para o município de Bayeux que tem atualmente como gestor Jefferson Kita. Com uma mudança feita ano passado na Lei Orgânica, a eleição indireta para o comando do município deve ser deflagrada pela Câmara Municipal. Estando elegível, Berg pode concorrer de novo à prefeitura. É essa a estratégia que se atribuiu a ele e o que teria motivado sua renúncia. O agora ex-prefeito pretende disputar tendo a vereadora Luciene de Fofinho como vice.
O advogado José Edísio Souto afirmou que não apenas Berg, mas qualquer cidadão filiado a um partido em condições de elegibilidade pode disputar a prefeitura, mas apenas os 17 vereadores de Bayeux poderão votar para escolher o novo chefe do executivo municipal.
Em relação a Jefferson Kita que assumiu a prefeitura por decisão da Justiça, já que era presidente da Câmara e primeiro na linha sucessória, o entendimento do advogado é de que ele só poderá disputar as eleições para prefeito, caso seja derrotado no pleito indireto para prefeito para o mandato tampão, ele estaria inelegível como postulante a uma vaga na Câmara Municipal.
“O Direito não é uma ciência exata, mas entendo que se Jefferson Kita não lograr êxito na eleição indireta, ele não poderá concorrer a uma vaga de vereador nas eleições regulares de novembro. Ele só poderia disputar a prefeitura porque exerceu o cargo mesmo por imposição da Justiça”, disse Edísio Souto.