Arthur Cunha Lima é um dos alvos da nona fase da Operação Calvário

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima, é um dos alvos da nona fase da Operação Calvário deflagrada na manhã desta terça-feira (27).

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima, é um dos alvos da nona fase da Operação Calvário deflagrada na manhã desta terça-feira (27). O conselheiro é investigado por crimes de lavagem de dinheiro.

Também são alvos da nova fase pessoas ligadas a um grupo empresarial e a uma das organizações sociais investigadas. As duas principais são a Cruz Vermelha Brasileira e o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (Ipcep).

As investigações contam com mensagens de celular, gravações ambientais e informações obtidas por meio de um acordo de colaboração premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e um empresário que era gestor de fato de duas entidades envolvidas nos ilícitos.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo requereu a imposição de medidas cautelares a um advogado investigado pelo esquema, como a proibição de frequentar as dependências do TCE e a suspensão do exercício da atividade advocatícia perante o órgão e em contratos com entes públicos.

A nova fase da Operação Calvário foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27) pela Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Controladoria-geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para investigar a atuação de organização criminosa por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado.

Seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em João Pessoa, Cabedelo e em Brasília/DF, na nona fase da Operação Calvário, que busca robustecer o conjunto probatório de situações detectadas nas fases anteriores, principalmente no tocante aos indícios de crime de lavagem de dinheiro, havendo a utilização de recursos em benefício de empresários e agentes públicos.

Os mandados foram autorizados pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro autorizou, também, o bloqueio R$ 23,4 milhões dos investigados na nova fase da Calvário para reparação por danos morais e materiais.

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