O secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, Coronel Sérgio Fonseca, comentou nessa quarta-feira (19), a fuga do detento Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão, por ser o mentor do crime que ficou conhecido como Barbárie de Queimadas. De acordo com o secretário, o agente que estava na custódia do preso foi indiciado por facilitação culposa e as investigações continuam tanto por parte da Polícia Civil, quanto por meio de procedimento administrativo para descobrir como aconteceu a fuga.
Eduardo trabalhava há mais de um ano no almoxarifado, como forma de reduzir a pena, e era visto como um apenado com bom comportamento. Ele foi acompanhado por um agente até o local e fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado entre 19h e 20h, da terça-feira (17).
“Todos os policiais e agentes de plantão foram encaminhados para a delegacia e ouvidos. Apenas um agente, que estava na custódia do preso, foi indiciado por facilitação culposa. Ele também vai responder por procedimento administrativo na SEAP”, disse.
O secretário afirmou que o procedimento administrativo e o inquérito policial vão apurar essa facilitação da fuga e os policiais investigados terão direito a defesa e contraditório. As imagens das câmeras de segurança também serão direcionadas à Polícia Civil e à equipe encarregada do procedimento administrativo.
Entenda o caso
A “Barbárie de Queimadas”, aconteceu em 2012. Cinco mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário e duas delas – Isabella Pajuçara e Michelle Domingos – foram assassinadas, pois teriam reconhecido os agressores. O mentor do crime, Eduardo Santos, foi o último a ser julgado. Outros seis homens também foram condenados e três adolescentes foram sentenciados a cumprirem medidas socioeducativas.