Sobrinho de Expedito Pereira teria articulado morte do tio por dinheiro, diz polícia

Ricardo Pereira gerenciava todas as finanças do ex-prefeito de Bayeux e teria alugado o carro usado pelos suspeitos para pegar e deixar a moto usada no crime e fugir pra o RN. Suspeito de executar Expedito está preso.

O sobrinho do ex-prefeito de Bayeux Expedito Pereira, morto a tiros no último dia 9, teria articulado a morte do tio por dinheiro, segundo informou a Polícia Civil em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (17). Ricardo Pereira foi preso na quarta-feira (16) e o suspeito de executar Expedito é Jean Nascimento, que já estava preso, desde o sábado (12) por um mandado de prisão em aberto por estelionato.

O ex-prefeito de Bayeux e ex-deputado estadual da Paraíba Expedito Pereira foi morto após ser baleado na manhã do dia 9 de dezembro, em João Pessoa. Ele andava sozinho pelo bairro de Manaíra quando um homem em uma moto se aproximou e atirou, fugindo em seguida. A moto usada no crime foi apreendida pela polícia no bairro Rio do Meio, em Bayeux, no sábado (12) e a partir dela a polícia chegou ao dono do veículo, que falou que duas pessoas haviam usado a moto no dia, sendo elas Gean e Leon.

De acordo com a delegada Emília Ferraz, a polícia descobriu que Expedito Pereira tinha uma clínica na cidade de Bayeux, mas que não recebia nenhum dinheiro das consultas realizadas no local, e que vivia apenas com a renda de duas aposentadorias.

“Durante a investigação, descobrimos que Ricardo Pereira era o responsável por administrar todas as finanças do tio. Ele tinha não só os cartões de débito e saque das contas bancárias de Expedito como também as senhas dos cartões e das operações eletrônicas de aplicativos de banco. Qualquer negociação ou transação comercial que envolvesse o nome de Dr. Expedito tinha que passar pelo crivo e aval do sobrinho”, disse Emília.

Ainda de acordo com a delegada, poucos meses antes do crime, Expedito estava se preocupando com as finanças da casa e da família dele e resolveu vender uma granja que tinha na cidade do Conde e uma casa que tinha em Bayeux. A venda foi intermediada por Ricardo.

“Na véspera do crime, Expedito foi contatado por Ricardo que disse que na manhã do dia seguinte teria marcado um encontro, em um bar próximo à casa da vítima, com um vereador eleito de João Pessoa e que era para Expedito levar um currículo da filha para entregar a esse vereador. Tudo isso de forma fictícia. Na manhã do crime, a vítima desceu de casa com o documento e com contas para Ricardo pagar e no meio do caminho foi surpreendido por Leon e morto”, explicou a delegada.

Detalhes sobre a morte de Expedito Pereira foram apresentados pela Polícia Civil em coletiva nesta quinta-feira — Foto: Sílvia Torres/TV Cabo Branco

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