”Não estamos na segunda onda porque nunca saímos da primeira”, diz secretário Daniel Beltrammi sobre pandemia

Daniel Beltrammi afirmou que a taxa de transmissibilidade da doença também cresceu.

A Paraíba, assim como todo o Brasil, passa por um reaquecimento da primeira onda de covid-19, com o número de casos e a transmissibilidade da doença crescendo. Foi o que explicou o secretário executivo de Gestão de Unidades de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi. ”Não estamos na segunda onda porque nunca saímos da primeira”, disse ele.

O secretário explicou que para se formar uma segunda onda deve haver uma redução de pelo menos 60% no números de novos casos e de óbitos, e essa redução deve se manter por pelo menos oito semanas. Se após isso os casos voltam a crescer, tem-se uma segunda onda. ”Isso aconteceu na Europa, em países colo Itália, França, Holanda”, comentou.

”No Brasil não chegou a isso, porque quando melhorou um pouquinho a situação, as população cansou, as pessoas não aguentaram mais e começaram a descuidar”, avaliou.

Daniel Beltrammi afirmou que a taxa de transmissibilidade da doença também cresceu. ”Entre o 16º e o 17º relatório epidemiológico a taxa R foi de 0,98 para 1,04”, disse. Embora haja variantes mais transmissíveis do vírus em circulação, como é o caso da cepa sul-africana encontrada pelo Laboratório Central da Paraíba (Lacen-PB), o secretário acredita que o que mais leva a taxa a subir é o descuido da população.

Ele comentou ainda que a maior parte dos pacientes são do sexo masculino, o que reforça a tese de que os homens se descuidam mais e se expõem mais aos riscos da doença. Embora a taxa de letalidade da covid-19 tenha se mantido a mesma, 2,2%, Beltrammi afirmou que houve uma mudança no perfil das vítimas e tem se tornado mais comum a morte de pacientes mais jovens. ”Os pacientes com mais de 80 anos têm uma taxa de letalidade até 13 vezes maior, mas temos visto muitos óbitos em pacientes de 50 a 70 anos”.

A vacinação dos idosos com mais de 80 anos deve ajudar a reduzir a mortalidade, assim como a circulação de variantes. ”Quanto mais pessoas vacinadas, menos chance o vírus tem de multiplicar e de mutar”, explicou. Para isso, porém, é preciso que muitas pessoas sejam vacinadas e até lá a população deve manter os cuidados para evitar a doença.

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