Brasil está próximo de 50% de Vacinados e ultrapassa marca de 100 milhões de vacina aplicadas contra a Covid-19

Desde que a enfermeira Mônica Aparecida Calazans recebeu a primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Brasil, em 17 de janeiro, mais de 100 milhões de doses já foram aplicadas em brasileiros — 101.120.461, em números exatos.

Desde que a enfermeira Mônica Aparecida Calazans recebeu a primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Brasil, em 17 de janeiro, mais de 100 milhões de doses já foram aplicadas em brasileiros — 101.120.461, em números exatos. A marca foi atingida nesta quinta-feira, segundo o boletim do consórcio dos veículos de imprensa.

Estamos chegando à 50% de Vacinados.

De acordo com informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais, a primeira dose do imunizante já foi aplicada em 74.539.876 pessoas, o equivalente a 35,2% da população, e 26.580.585 receberam a segunda dose ou dose única, o que representa uma cobertura vacinal completa de 12,55%.

O boletim também indicou 63.035 novos casos e 1.943 novas mortes por Covid-19 nesta sexta-feira. Agora, segundo o levantamento, o país conta com 18.622.199 infecções e 520.189 óbitos provocados pela pandemia.

Os dados são do boletim do consórcio de imprensa, uma iniciativa formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os veículos reúnem informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.

A média móvel de casos, também observada no boletim, é de 54.115, índice 24% inferior ao visto 14 dias atrás.

Já a média móvel de óbitos atingiu esta segunda-feira 1.558 diagnósticos, também 24% inferior do que o registrado 14 dias atrás. Este é o menor índice notificado desde 8 de março, quando o cálculo foi de 1.540.

A “média móvel de 7 dias” se refere ao número de casos e óbitos registrados no dia e nos seis anteriores. O índice é comparado à média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos infecções ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Ritmo de vacinação é ‘bom, mas não maravilhoso’

Pedro Hallal, epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), avalia que o Brasil chegou às 100 milhões de vacinas com “100 dias de atraso”.

— O Brasil deveria vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia desde o início da campanha de imunização. Com isso, chegaríamos a 100 milhões de doses aplicadas em 66 dias — calcula. — Agora, seguimos um ritmo que é bom, mas não maravilhoso. Talvez seja possível que, no final do ano, possamos nos reagrupar com segurança nas festas de Natal e réveillon.

Um estudo realizado em junho pela UFPel e pela Universidade Harvard indicou que a imunização evitou a morte de 43.082 pessoas por Covid-19 em 2021. Para chegar ao número, os pesquisadores consideraram a queda proporcional da mortalidade pela pandemia em idosos com mais de 70 anos durante a campanha de vacinação.

— Estamos comprovando dia a dia que a vacinação é a única forma de atingir a imunidade coletiva da população contra a Covid-19. Contrariamos a teoria esdrúxula do governo, que pensava em atingir o mesmo objetivo conforme as pessoas eram infectadas — assinala Hallal.

Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), já era esperado atingir a marca de 100 milhões de pessoas imunizadas no inicio de julho. O avanço da campanha de imunização no primeiro semestre, segundo ele, foi lento, e não atendeu a demanda que surgiu a partir da segunda onda da pandemia, entre os meses de março e abril.

— Ultrapassamos a pior fase da pandemia sem vacinas. Não antecipamos a compra de imunizantes, não programamos a campanha. Quando o Ministério da Saúde finalmente se movimentou, conseguiu a maioria das doses apenas para o segundo semestre — lamenta. — Não podemos continuar acumulando mortes.

Kfouri acredita que o país terá à disposição ao menos a primeira dose de vacina contra a Covid-19 para todos os brasileiros acima de 18 anos até o final do ano.

— A imunização em massa mudará o perfil da doença: teremos muito menos hospitalizações e mortes — estima. — No entanto, ainda não sabemos a duração das vacinas, como ela pode ser afetada pelas variantes, que ajustes precisarão ser feitos, que público deverá tomar doses de reforço. Estamos diante de muitas incertezas.

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