A capital paraibana conta com um litoral de cerca de 24 quilômetros de extensão, com nove praias. Também é cortada pelos principais rios que cruzam o território paraibano, entre eles o Sanhauá, de onde a cidade nasceu. Somados aos atrativos como sol e mar, além das piscinas naturais e até os registros de naufrágios, pouco se explora essa riqueza para roteiros turísticos que permitam a geração de mais empregos e renda para milhares de pessoas.
Nesse sentido, a Secretaria de Turismo de João Pessoa criou o Fórum de Turismo Náutico, que reúne mais de 20 instituições públicas e privadas, para discutir e construir um amplo projeto de um roteiro turístico. Nesta quinta-feira (15), o secretário de Turismo, Daniel Rodrigues, coordenou a primeira reunião do Fórum com representantes das entidades, que contou com a participação – online – do presidente da Embratur, Carlos Brito, que falou sobre as perspectivas desse novo roteiro.
Daniel Rodrigues afirmou que o objetivo desse Fórum é criar novas opções de roteiros para os turistas, já que João Pessoa dispõe de grande potencial que não tem sido explorado. A construção desse roteiro tem sido fruto de pesquisas da academia, na busca de um turismo de qualidade e sustentável. “Nos preocupamos em buscar um turismo qualitativo e não quantitativo”, pontuou o secretário.
O presidente da Embratur afirmou que o Governo Federal está empenhado em desenvolver um grande projeto do turismo brasileiro e que o segmento náutico tem recebido uma atenção especial. Ele disse que a Embratur tem dialogado com diversas entidades privadas e estaduais do país no sentido de buscar novas alternativas neste nicho de mercado, que ainda é pouco explorado. “Estaremos sempre apoiando essas ações, como em João Pessoa, porque temos um imenso potencial”, disse.
Potencial – “A Paraíba é um mar de oportunidades”. A afirmação é de Gentil Venâncio, coordenador especial do Turismo Náutico da Embratur, que proferiu uma palestra abordando o potencial e perspectiva do turismo náutico em João Pessoa. Segundo ele, o primeiro passo é identificar o potencial que existe nesse mercado e buscar projetos ousados para avançar. “Precisamos de uma política de governo de investimento do turismo náutico, como neste momento aqui em João Pessoa”, afirmou.
Para Luiz Alberto, diretor administrativo do Sebrae da Paraíba, o mais importante nesse processo é a abertura de um diálogo com a participação de todas as entidades, cooperando e colaborando de uma forma onde todos ganham. Isso ocorre em todos os segmentos, buscando o desenvolvimento sustentável e que se preserve os recursos naturais sempre. “Estamos saindo de um ciclo (pandemia da Covid-19), onde as pessoas estão procurando novas oportunidades”, ressaltou.
Participaram do debate representantes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Capitania dos Portos da Paraíba (CPPB), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), UFPB – curso de Turismo e Laboratórios de Ecologia Aquática (Labea); Laboratório de Ambientes Recifais e Biotecnologia; Laboratório de Ecologia Aplicada e Conservação (Leac), Sudema, Abav, Batalhão da Polícia Ambiental do Estado, Corpo de Bombeiros da Paraíba, entre outros.