Mortes por Covid-19 reduziram 96,44% devido à vacina, aponta pesquisa

Pesquisadores compararam números de óbitos diários no Brasil entre 17 de março de 2020 e 19 de outubro de 2021.

Um artigo em parceria entre docentes do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) comprovou que o Brasil reduziu em 96,44% o número de mortes causadas pela doença por conta da vacina.

O artigo “Iluminando o impacto populacional das vacinas COVID-19 no Brasil” foi escrito pelos professores Fernando Henrique Antunes de Araújo, do Campus Patos do IFPB, e por Leonardo H. S. Fernandes, da UFRPE.

Os professores utilizaram a série temporal dos números de óbitos diários decorrentes da Covid-19 no Brasil no período de 17 de março de 2020 até 19 de outubro de 2021.

O primeiro cenário avalia o período de 17 de março de 2020 até 8 de abril de 2021. Este último foi o dia mais extremo, com um total de 4.249 óbitos.

O segundo período contempla o intervalo de 9 de abril de 2021 até 19 de outubro de 2021. No dia 19 de outubro, o Brasil registrou 130 óbitos. O estudo mostra uma redução de 96,44% nos registros de mortes.

O estudo utilizou os dados do COVID-19 Dashboard disponibilizados pelo Center for Systems Science e Engenharia (CSSE) da Universidade Johns Hopkins.

Descrença na vacina é ‘risco’

Os professores esperam que a divulgação dessa pesquisa diminua as dúvidas existentes sobre a eficácia das vacinas.

No artigo, os autores destacam que o Brasil é o segundo país em número de mortes e alertam para o risco da descrença nas vacinas. Eles indicam ainda que o declínio nas mortes foi observado a partir de 81 dias da primeira vacina aplicada, devido ao fato da oferta da imunização no Brasil ser muito restrita, em seu início, no público atendido e na oferta e quantidade de imunizantes.

“A pesquisa é a primeira – ou uma das primeiras – a avaliar o impacto populacional das vacinas no Brasil, primeira utilizando Física Estatística – Quantificadores da Teoria da Informação”, explica o professor do IFPB.

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