Música, apresentação de teatro, artesanato e várias brincadeiras fizeram o dia de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) mais divertido. Trata-se do projeto ‘Somos capazes – Inclusão pela arte’, que foi retomado neste domingo (27) pela Prefeitura de João Pessoa, através da Fundação Cultural (Funjope), com várias organizações parceiras. O evento aconteceu nesta tarde, no Centro Cultural Mangabeira Tenente Lucena, em Mangabeira.
A professora Érica Brasil estava tão feliz quanto sua filha Luísa, de 4 anos, que aproveitou todos os momentos do evento. Ela conta que, com a pandemia, esse público sofreu muito com o isolamento social. “Para mim, esse projeto é um presente para os filhos e, também, para os pais, pois ficamos muito aflitos com as crianças em casa, inquietas. Então hoje é um dia bem especial para nós”, contou.
Com o tema ‘Tardezinha Inclusiva’, a ideia do projeto ‘Somos capazes – Inclusão pela arte’ é que todo o mês aconteça uma edição voltada para este público e, também, para crianças com algum outro tipo de deficiência.
Para o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, esta retomada do projeto foi um sucesso e só demonstra a vontade e compromisso que a Prefeitura tem com a inclusão de todos os públicos no que diz respeito à cultura.
“Começamos o projeto no ano passado e, agora, vamos incrementar ainda mais com outras atrações, fazendo com que a inclusão das crianças seja permanente com o evento ocorrendo no último domingo de todo mês. Tudo foi feito com muito carinho. A avaliação que fazemos é que foi tudo positivo”, falou o diretor executivo da Funjope.
Nik Fernandes faz parte do grupo ‘Tá Blz’ que há 15 anos vem trabalhando com crianças com TEA. Junto com ela, integram a trupe o seu filho Jhonny Tá Beleza, que tem o transtorno, e o animador Baba Baby. E foi com o sentimento de muita alegria que eles subiram ao palco para animação geral dos pequenos.
Para Nik, a retomada do projeto só foi possível graças à sensibilidade da Prefeitura de João Pessoa que, através da Funjope, não poupou esforços para que esse dia acontecesse.
“É muito importante garantir o acesso das crianças com TEA à cultura, ao lazer, à diversão. Muita gente pensa que as crianças não gostam. Mas não é que elas não gostem, é que estes espaços de acolhida precisam existir. Se uma vez por mês nós criarmos essas possibilidades, vamos garantir a inclusão, a integração e o direito ao lazer”, falou Nik.
O projeto também conta com parceria da Associação Paraibana de Pais Autistas (APA), ONG Incluir e Fundação de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad).