PMJP e Penitenciária de Psiquiatria Forense promovem curso de artes para internos

A Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação Cultural (Funjope), inicia nesta sexta-feira (22), às 10h, uma parceria inédita com o sistema prisional.

A Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação Cultural (Funjope), inicia nesta sexta-feira (22), às 10h, uma parceria inédita com o sistema prisional. A ação, que é um desdobramento do projeto ‘Somos Capazes’, vai levar cursos de artes plásticas para os detentos que estão na Penitenciária de Psiquiatria Forense por cometerem algum crime provocado por distúrbios mentais. Esta é uma forma de promover a inclusão por meio das artes, agregando valor artístico às criações dos internos.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, disse que esse é um trabalho de grande importância para a Fundação porque, através dele, está sendo realizado um processo de inclusão social pela arte. “Entre esses presos, tem pessoas que podem desenvolver processos criativos importantes, mas também, principalmente, a arte vai entrar como fator de ressocialização, valorização, autoestima das pessoas e da família. É muito significativo para nós poder fazer esse trabalho em parceria com a Psiquiatria Forense”, disse.

O trabalho tem à frente o Conselho da Comunidade da Comarca de João Pessoa, que é vinculado à Vara de Execução Penal, do Tribunal de Justiça da Paraíba. Serão ofertadas 15 vagas para os institucionalizados e as aulas vão ser ministradas pelo artista plástico Rodrigues Lima. As famílias dos apenados também serão beneficiadas com o curso.

Além das oficinas de artes, o trabalho inclui a realização de exposições do material produzido pelos internos. A partir desse trabalho, a intenção é dar voz aos internos, permitindo que eles expressem seus conflitos internos por meio das artes plásticas.

“Acredito que as artes visuais podem aproximar pessoas e descortinar novas possibilidades na vida. No caso específico, o benefício é incalculável, pois são internos que necessitam de um suporte relacionado à saúde mental, e a arte traz não apenas o suporte, mas é a ponte para a superação dos estigmas e o caminho para a tão sonhada reinserção social”, destacou Thiago Robson dos Santos Lopes, policial penal e presidente do Conselho da Comunidade.

Thiago Robson frisou ainda que a execução penal é desafiadora por si só, e agindo isoladamente o sistema prisional está fadado ao fracasso. “Parcerias são vitais para a transformação da realidade atual, e a Funjope é uma instituição que temos o privilégio de ter conosco nesse processo. Graças à sensibilidade dessa gestão, podemos desenhar um futuro melhor para os internos, seus familiares e à sociedade de modo geral. A reinserção social ou ressocialização só será efetiva com a superlotação de parcerias”, completou.

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