A espera pela doação de um fígado acabou para uma paraibana de 47 anos, que estava internada na UTI do Hospital de Trauma de João Pessoa, entre a vida e a morte. Ela recebeu, na manhã desta segunda-feira (20), o órgão de uma mulher de 56 anos que, coincidentemente, também estava na Unidade de Terapia Intensiva do mesmo hospital.
A doadora morreu vítima de um AVC e teve a morte encefálica confirmada após a verificação das três fases do protocolo, estabelecidas pela resolução do Conselho Federal de Medicina. Além do fígado, também foram doados os dois rins, o direito para uma mulher de 30 anos e o esquerdo para uma jovem de 18 anos, todas paraibanas. As córneas foram levadas para o Banco de Olhos.
“Doar é um ato de amor ao próximo. Quando as famílias conhecem o desejo de ser doador, a permissão se torna mais fácil e segura, por isso é tão importante conversar com os familiares sobre o desejo de ser doador de órgãos, pois são eles os responsáveis em autorizar a doação,” reforça a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central de Transplantes, Rafaela Carvalho
Na fila por um órgão na Paraíba ainda existem 509 pessoas, sendo 297 esperando um transplante de córnea, duas aguardando um coração, 23 precisam de um fígado e 187, um rim. Em 2022, o estado já realizou 139 transplantes.