Paraíba investiga três casos suspeitos de varíola dos macacos

Dos cinco casos notificados da doença até as 16h desta segunda-feira (1º), dois foram descartados.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) atualizou a definição de caso suspeito para monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos, seguindo as orientações do Ministério da Saúde emitidas na última sexta-feira (29). Até o momento, de acordo com a plataforma Redcap, que coleta e gerencia as notificações, a Paraíba tem 5 casos notificados da doença até as 16h desta segunda-feira (1º). Destes, dois casos foram descartados e três seguem em investigação. Os três pacientes são residentes do município de João Pessoa, sendo dois homens com idade entre 20 e 29 anos e uma mulher na faixa etária entre 50 e 59 anos.

Com essa atualização, a presença de sintomas como início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção de pele aguda sugestiva para monkeypox, única ou múltipla em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou dor na região do ânus ou reto com ou sem sangramento e/ou edema peniano associados à progressão da lesão já podem configurar alerta para a doença. Outros critérios como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória ou contato físico direto, incluindo contato sexual, com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas ou com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas elevam o risco de contágio e a pessoa passa a ser um caso provável da doença.

A normativa também alerta que o contato com trabalhadores de saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) que tiveram contato com caso provável ou confirmado de monkeypox e/ou o contato com materiais contaminados (roupas de cama e banho ou utensílios de uso comum) pertencentes a pessoas que estão em investigação de monkeypox também fazem parte dos parâmetros para caso provável da doença, desde que tenham acontecido nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.

Não é necessária a existência de histórico de viagem ao exterior pela pessoa com suspeita nem pelo caso provável ou confirmado com o qual ela teve contato. Os casos suspeitos e prováveis são considerados confirmados após resultado laboratorial “Positivo/Detectável” para monkeypox vírus (MPXV) por diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento). Em caso de resultado “Negativo/Não Detectável”, o caso é considerado descartado.

A SES informa que a Paraíba já conta com hospitais de referência para tratamento de adultos e crianças que apresentem a forma grave da doença, mas o primeiro contato do paciente com a rede pública de saúde deve acontecer prioritariamente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A secretária de Saúde do estado, Renata Nóbrega, destaca que a grande maioria dos casos se desenvolve de maneira leve. “É uma doença de tratamento sintomático cuja prioridade do paciente deve ser manter-se em isolamento a fim de não contaminar outras pessoas. De toda forma, os pacientes com suspeita da doença devem procurar um atendimento médico para que seja notificada a suspeita e feita a investigação necessária com coleta de exames. Esse contato também é importante para que a rede de saúde possa acompanhar a evolução do caso”, reforça.

A SES reforça que os casos suspeitos de monkeypox devem ser notificados pela rede de saúde de forma imediata ao Centro Estadual de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-PB) por meio do preenchimento do formulário de notificação on-line: https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=YC4CFND7MJ.

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