O caso acerca da carga de placas solares apreendida e recuperada na Paraíba pela Polícia Civil através da ‘Operação Solares’ no último dia 1º de setembro, ganhou nova repercussão após divulgação de uma informação dando conta de que o galpão onde os produtos estavam escondidos e foram apreendidos, servirá como futuras instalações das empresas pertencentes ao empresário José Claudino Alves, mais conhecido como ‘Deda Claudino’ e que é candidato a deputado federal pelo MDB, nas Eleições 2022.
A utilização do galpão, localizado às margens da PB-073, chegou a ser amplamente anunciada através da imprensa e até das redes sociais do próprio empresário, ainda no mês de junho, como futura sede de todos os ramos empresariais nos quais atua o Grupo Centry que controla várias empresas, dentre elas a CentrySol, que atua no ramo de geração e distribuição de energia elétrica, sendo especializada em geração de energia através de placas e fontes solares fotovoltaicas.
O grupo empresarial comandado por Claudino, desde 2010 é pioneiro em comercialização de energia solar, segurança eletrônica e distribuição de materiais e equipamentos para provedores de internet.
O caso
De acordo com informações oficiais, a carga de placas solares apreendida estava avaliada em R$ 600 mil e havia sido desviada e roubada por um grupo criminoso interestadual com atuação nos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.
A Polícia, após investigações, aprendeu no dia 1º setembro as placas solares que tinham sido escondidas no galpão da Paraíba. Porém, antes, ainda em 31 de agosto, realizou a prisão, em flagrante, de três irmãos que seriam proprietários de uma empresa de placas solares na Paraíba e foram apontados pela Polícia Civil do Ceará como envolvidos diretos no esquema de recepção da carga e na comercialização dos produtos roubados.
Os presos, identificados como Dhiego Pires de Almeida, Eduardo Pires de Almeida Junior e Gean Charles Pires, são filhos do ex-vice-prefeito do município de Juru, Eduardo Pires, eleito no pleito de 2016.
Ainda de acordo com a Polícia, em 27 de agosto, foi preso um homem chamado Olavo Cirilo Costa, apontado como responsável por intermediar o contato entre os receptadores da carga roubada e motoristas de caminhões.
A carga, segundo a Polícia, que havia saído do Porto do Pecém, no Estado do Ceará, foi desviada na Região Metropolitana cearense em 27 de julho, um mês antes da primeira prisão de envolvidos com o esquema criminoso.
É importante ressaltar que, até o fechamento desta matéria, nem a Polícia, nem as investigações oficiais apontaram qualquer envolvimento direto do empresário e candidato a deputado federal, Deda Claudino, no crime.