Atos golpistas: Polícia Federal faz operação para prender envolvidos

Segundo material divulgado, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF

Equipes da Polícia Federal estão nas ruas nesta sexta-feira (27) para cumprir a terceira fase da operação Lesa Pátria – relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.

Segundo material divulgado, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.

  • Distrito Federal: 2 mandados de prisão, 4 de busca e apreensão
  • Espírito Santo: 4 mandados de prisão, 8 de busca e apreensão
  • Minas Gerais: 2 mandados de prisão, 4 de busca e apreensão
  • Paraná: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão
  • Rio de Janeiro: 1 mandado de prisão, 9 de busca e apreensão
  • Santa Catarina: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão

Até as 8h40, quatro dos 11 mandados de prisão já tinham sido cumpridos.

Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados “constituem, em tese, os crimes de”:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora.

Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram
Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram
Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou os números da operação em uma rede social.

“Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas”, escreveu.

Terrorismo em Brasília

No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas radicais invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Desde então, houve vários desdobramentos, como:

  • a prisão de vários desses terroristas;
  • a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal;
  • a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres;
  • o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB); e
  • a identificação de militares envolvidos nos atos.

A primeira fase da operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até a última atualização, seguia foragido.

Na segunda fase, a Polícia Federal em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos – filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.

Operação permanente e novas denúncias

Nesta quinta, a Polícia Federal também informou que a operação Lesa Pátria se torna permanente. Novas fases devem ser deflagradas conforme as investigações avancem.

A PF informou que, com isso, haverá “atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.

A corporação pede que informações sobre as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro sejam encaminhadas ao email [email protected].

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