A advogada Lígia Nara Arnaud Tomaz, irmã do assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, o paraibano Tércio Arnaud Tomaz, foi nomeada para um cargo comissionado no gabinete do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em 1º de março.
No entanto, Lígia Nara não é desconhecida do público. Em 2021, seu sigilo telefônico e telemático foram quebrados pela CPI da Covid, que investigou ações e omissões do governo federal durante a pandemia. A CPI colocou sob investigação o que ficou conhecido como “gabinete do ódio”, uma estrutura que supostamente seria responsável pela criação e divulgação de informações falsas sobre a doença e adversários de Bolsonaro.
Relatos colhidos pela Polícia Federal apontam Tércio como uma liderança por trás do “gabinete do ódio”. Embora não tenha um cargo oficial no governo, Lígia Nara foi apontada pela CPI como uma das protagonistas na criação e divulgação de informações falsas “a respeito do uso de vacinas, do tratamento precoce sem eficácia comprovada e de teorias como a da imunidade rebanho na internet”.
A CPMI das Fake News também investigou o “gabinete do ódio”, o que resultou na abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo parlamentares, empresários e assessores do ex-presidente.
Apesar disso, Lígia Nara acabou fora da lista de indiciados da CPI. Agora, ela faz parte da equipe do deputado Nikolas Ferreira na Câmara dos Deputados.