Em decisão divulgada nesta terça-feira (14), o ministro Reynaldo Soares, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu o pedido de Habeas Corpus solicitado por Johannes Dudeck, mantendo sua prisão preventiva. O homem é suspeito de estuprar e matar a estudante de medicina, Mariana Tomaz.
“É indevida a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão quando a constrição se encontra justificada e mostra-se necessária, dada a potencialidade lesiva da infração indicando que providências mais brandas não seriam suficientes para garantir a ordem pública” disse o ministro em sua decisão
Além disso, Reynaldo Soares afirmou que, “Consignou-se, ainda, o histórico do acusado, considerando as várias representações feitas por ex-namoradas na delegacia especializada, o que demonstra a sua periculosidade”, concluiu
Relembre o caso
Mariana Thomás de Oliveira, 25 anos, foi encontrada morta, com sinais de asfixia, no dia 12 de março em um apartamento no Cabo Branco, em João Pessoa. A jovem era natural do Ceará e estudava em uma faculdade particular da capital paraibana.
O suspeito do crime, o empresário Johannes Duceck, foi preso em flagrante. Ele é o proprietário do apartamento onde Mariana foi encontrada sem vida. Após o crime, o homem chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) alegando que a vítima teria sofrido uma convulsão.
O suspeito já havia sido acusado de agredir três mulheres em outras ocasiões.
Lei Mariana Thomaz
Aprovada em maio do ano passado, a lei Mariana Thomaz obriga as instituições estaduais de assistência e acompanhamento às mulheres a divulgar em seus espaços e sites de consulta sobre os antecedentes criminais de homens que têm registros de agressão contra mulheres.