O deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB) é um dos nomes que aderiu à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir o Ministério Público do Trabalho (MPT). Até o momento, a PEC conta com 65 assinaturas, sendo que são necessárias 171 para que a proposta seja apresentada ao Congresso Nacional. A proposta foi apresentada pelo deputado federal bolsonarista “Príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
O MPT é responsável por investigar e combater o trabalho escravo no Brasil. Segundo o procurador do MPT Italvar Medina, há um déficit de 50% no número de fiscais que atuam contra situações análogas a escravidão no país. A fala do procurador veio após as operações realizadas pelo MPT nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, que mantinham trabalhadores baianos em situação escravista.
A PEC tem encontrado apoio principalmente entre as bancadas da Bíblia e da Bala, com a adesão de nomes como Coronel Ulysses (União-AC), Delegado Fabio Costa (PP-AL), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Capitão Alden (PL-AL), Delegado Caveira (PL-PA), Coronel Meira (PL-PE), Sargento Gonçalves (PL-RN), Delegado Ramagem (PL-RJ) e Pastor Marcos Feliciano (PL-SP).
Para a aprovação da PEC, é necessário o apoio de três quintos do parlamento. A bancada estadual de Santa Catarina teve o maior número de assinaturas, com oito dos 16 deputados aderindo à proposta. No Rio Grande do Sul, oito dos 31 parlamentares também se mostraram favoráveis à extinção do MPT.