Ataques no RN: polícia faz operação para prender 30 membros de facção

Ação começou na manhã desta sexta-feira (17) em conjunto com as polícias civil, militar e federal

Uma operação da polícia cumpre mandados de prisão e busca e apreensão contra integrantes de facção suspeita de organizar os ataques no Rio Grande do Norte.

A ação começou na manhã desta sexta-feira (17) em conjunto com as polícias civil, militar e federal. São cumpridos, 30 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão.

De acordo com a polícia, os alvos são ligados à facção Sindicato do Crime. Ataques registrados em mais de 30 cidades estão sendo organizados pela facção, com ordens de dentro do presídio.

grupo alvo é uma ‘célula’ da facção chefiada por José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, conhecido como Alicate. Ele está preso e foi transferido da penitenciária de Alcaçuz para o presídio federal de Mossoró na última terça-feira (14), como medida do governo para tentar conter as ações criminosas.

Os alvos são investigados desde 2022, por crimes como tráfico de drogas, assaltos e assassinatos e tentativas de assassinato contra quatro agentes de segurança pública nos últimos cinco anos. A suspeita da polícia é que as pessoas ainda em liberdade estivessem cumprindo as ordens de Alicate, já preso.

O número de presos nesta manhã não havia sido divulgado pela polícia. As ordens estão sendo cumpridas em Natal, Parnamirim e Nísia Floresta, na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte.

Ataques

Pelo menos 39 cidades já foram alvo das ações criminosas no estado. O Rio Grande do Norte entrou nesta sexta-feira (17) no seu quarto dia sob ataques. Criminosos têm queimado e atirado contra comércios, prédios públicos, bases da PM e veículos. Os ataques ocorrem mesmo após a chegada de 100 homens da Força Nacional, que reforçam a segurança do estado.

Alianças

Autoridades ligadas ao Ministério da Justiça e ao governo do Rio Grande do Norte apontam que duas as facções Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC), que são rivais, se aliaram –em uma trégua temporária– nos ataques no estado.

O gatilho para os ataques, segundo informações do governo federal, foi a transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime, principal facção no Rio Grande do Norte. Informações da área de inteligência do governo já apontavam a possibilidade de retaliação depois da transferência.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) disputa com o Sindicato do Crime as rotas internacionais de cocaína pra Europa a partir do Rio Grande do Norte.

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