Fotos, recortes históricos de jornais e revistas, equipamentos do século passado, espaços interativos e salas de projeção. Todos esses artigos estarão reunidos em um novo museu de João Pessoa, a ser inaugurado nesta segunda-feira (24). O ineditismo do empreendimento, porém, está no tema do acervo: cannabis.
O museu ficará em um imóvel histórico de João Pessoa, tombada por ter sido casa do senador José Maranhão, vítima da Covid-19 em fevereiro de 2021.
O primeiro museu canábico do Brasil está sendo construído pela Associação Brasileiro de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), ONG que milita pelo uso da maconha medicinal no país. O objetivo é contar a história da cannabis no mundo, desde o cânhamo produzido nas sociedades antigas, passando pelo seu uso farmacêutico nos EUA, no século 19, até a repressão e chegando às recentes legislações de descriminalização.
Há cerca de um ano, a Abrace negociou o aluguel do espaço, para ampliar seus projetos. Em outro local, onde hoje funciona o laboratório da associação de produção do óleo, já existe uma sala que funciona como um pequeno museu. Mesmo com tamanho reduzido, o espaço atrai visitantes, como turmas de escolas, além de farmacêuticos e estudantes de medicina.
No Brasil, o marco é o ano de 2014, quando houve a primeira autorização para importação de CBD para fins medicinais, época que marcou o surgimento da Abrace, que completa nove anos nesta quinta (20), e de outras associações pelo país.
Entre os itens que estarão expostos no Museu Brasileiro da Cannabis há réplica da máquina antiga de produção de cânhamo e antigos frascos medicinais vendidos nas farmácias americanas. O acervo, que continuará sendo construído, diz Gomes, conta também com recortes históricos de jornais, de revistas, cartazes de filme e fotografias do século passado. Tudo relacionado à cannabis.