Homofobia: população LGBTQIA+ ainda sofre para encontrar trabalho

População segue na luta pelo seu espaço

A população LGBT+ luta, cada dia, em busca do seu espaço na sociedade. Quando se trata de mercado de trabalho, a situação não é diferente. Em um levantamento realizado pela consultoria Mais Diversidade, em 2021, na intenção de mapear o perfil da comunidade LGBT+ no mercado de trabalho, foi constatado que 54% dos entrevistados não sentem segurança para falar abertamente sobre a própria orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente profissional.

Na Paraíba, essa realidade também existe. Em entrevista Coordenador de Promoção da Cidadania LGBT e Igualdade Racial da prefeitura de João Pessoa, Geraldo Filho, afirmou que, “Sempre buscamos a inserção da população LGBT, principalmente a população trans, no mercado de trabalho, através de parcerias com empresas privadas. Haja vista a extrema dificuldade que essa população tem de ser inserida no mercado de trabalho, sendo essa uma das principais consequências da discriminação que essas pessoas são vítimas.”.

Indo de encontro ao ideal da inserção no mercado de trabalho da população LGBT+, o empresário Gabriel Santos visa ajudar no processo. Vindo do Acre, Gabriel planeja abrir uma filial do seu bar em João Pessoa. No processo seletivo para funcionários, uma especificidade se destaca: apenas pessoas LGBT+ serão contratadas.

O empresário conta que a decisão de abrir um bar voltado para o público LGBT está atrelada aos seus valores, “Acredito fortemente que não basta apenas falar, é preciso ter ações realmente efetivas que garantam igualdade e combatam o preconceito na prática.”

Para Gabriel, o preconceito na contratação de LGBT+ em empresas, está enraizado na sociedade. “Basta fazermos um exercício de observar: quantas pessoas LGBTQIA+ você vê em posição de destaque em uma empresa? Quantas vezes você foi atendido em um estabelecimento por uma pessoa trans? Após o lançamento do processo seletivo, por exemplo, recebemos inúmeros relatos emocionados de pessoas da comunidade contando como já sofreram discriminação no ambiente de trabalho desde a entrevista pelos seus trejeitos, forma de falar, enfim, por simplesmente serem quem são.” finalizou.

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