Acusado de matar a jovem Patrícia Roberta, Jonathan Henrique foi condenado a 21 anos e dois meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver, em júri popular, nessa quinta-feira (25). O julgamento durou cerca de 14 horas e aconteceu no plenário do 2° Tribunal do Júri de João Pessoa.
Jonathan confessou o crime. Ao todo, seis testemunhos de acusação foram ouvidas. Em seu depoimento, Jonathan optou pelo silêncio, respondendo apenas as perguntas da própria defesa.
A sentença foi dividida em 20 anos pelo homicídio triplamente qualificado, e um ano e dois meses pela ocultação de cadáver.
Jonathan relatou durante o seu depoimento que Patrícia chegou a João Pessoa na sexta à noite. Eles beberam, dormiram, e no sábado ele saiu para consertar uma moto e a deixou no apartamento dele. À noite eles teriam ido para uma festa no bairro do Valentina e consumido drogas. O crime aconteceu no domingo.
Em sua versão, Jonathan alegou que a morte de Patrícia aconteceu durante uma relação sexual. Ele disse que fez uso da asfixiofilia, prática sexual que envolve asfixia . “Eu não sei o que aconteceu, acho que eu ainda não estava em estado normal, porque aconteceu essa tragédia”, afirmou no interrogatório.
No entanto, o promotor Demétrius Castor afirmou que uma amiga do acusado disse em depoimento que ele foi para o apartamento dela, enquanto Patrícia ficou trancada, no sábado a noite. Disse ainda que tem imagens que mostram ele saindo do apartamento da amiga na manhã do domingo.
No dia 27 de abril de 2021, o corpo da pernambucana Patrícia Roberta, de 22 anos, foi encontrado com os pés amarrados e envolto em um saco, em uma região de mata no bairro do Novo Geisel, em João Pessoa.