“Péssimo para a democracia se eu for julgado diferente da chapa Dilma e Temer em 2017”. A fala foi feita nesta quarta-feira (21) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será julgado nesta quinta-feira (22) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e poderá ficar inelegível se for condenado. O ex-presidente pediu um julgamento imparcial.
A ação contra Bolsonaro foi proposta pelo PDT, ainda em 2022, e tem como base uma reunião feita pelo então presidente, no Palácio do Alvorada, com embaixadores. Nessa reunião, Bolsonaro questionou a eficácia das urnas eletrônicas.
Na ação, o ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Se condenado, Jair Bolsonaro perderá os direitos políticos por oito anos.
“Não pretendo, não gostaria de perder meus direitos políticos. Não sei se vou ser candidato no ano que vem a prefeito, vereador. Ou se, no futuro, vou ser a senador ou presidente. Não sei. Agora, para ser candidato, eu tenho que manter meus direitos políticos. Espero que ele [Alexandre de Moraes, relator da ação] haja com imparcialidade, juntamente com o tribunal como um todo, porque os fatos são exatamente os mesmos. Me julgue a exemplo do que foi julgado na chapa Dilma Temer”, afirmou Bolsonaro.
Em 2017, a chapa Dilma-Temer foi julgada por abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2014. No julgamento pelo TSE, a chapa foi inocentada.