O período chuvoso na Paraíba, registrado principalmente por causa do inverno, aumenta os transtornos para quem mora próximo às áreas de riscos em João Pessoa. De acordo com a Defesa Civil, a capital paraibana tem 27 pontos que estão sujeitos a alagamento, inundação e deslizamento de terra, divididos entre risco baixo, médio e alto.
Em João Pessoa também existem sete barreiras que são consideradas de risco muito alto para deslizamentos. A classificação, que foi proposta pelo Ministério das Cidades, aponta como ‘muito provável’ a ocorrência de eventos destrutivos.
Essas localidades ficam mais vulneráveis, sobretudo no período chuvoso. De acordo com o chefe da Defesa Civil em João Pessoa, Kelson Chaves, as pessoas que moram nas proximidades das áreas de risco precisam redobrar os cuidados e, em caso de evento grave, deixar a localidade.
“A depender da área de risco que se trata, algumas medidas preventivas devem estar na mente de cada um desses ocupantes. Nas proximidades de rios ou lagoas ter a atenção sobre o nível da água, naturalmente procurando deixar o local antes que haja a inundação propriamente dita, o que em muitos casos, a medida não é adotada. Em barreiras e encostas, observar a existência de erosão ou escoamento irregular das águas pluviais – que esteja ocorrendo além do possível sistema de drenagem existente”, alertou Kelson.
“As observações que mais nos referimos, dizem respeito também a moradias que estão próximas ou abaixo de indivíduos arbóreos frondosos e de idade avançada, em alguns casos apresentando a presença de alguma praga urbana, como cupinzeiros”, completou.
Onde há risco?
Estão na lista de risco muito alto da Defesa Civil as seguintes localidades de João Pessoa: a comunidade Nossa Senhora das Neves, no Valentina de Figueiredo, o Beco da Botina, no bairro do Roger, Rua Ari Barroso, no Alto do Mateus, a Rua Brasilino Alves da Nóbrega, entre o Mangabeira e Valentina, a região do bairro de São José , o quilômetro 19 da BR-230, próximo a barreira do Castelo Branco, a comunidade Santa Clara no Castelo Branco.
No ano passado, por conta do período chuvoso, 27 residências na capital paraibana foram interditadas. 39 pessoas tiveram suas casas alagadas e foram resgatadas por equipes do Corpo de Bombeiros. As famílias ficaram em abrigos temporários da prefeitura enquanto aguardavam o Auxílio Moradia.
Emergências
De acordo com o chefe da Defesa Civil de João Pessoa, os elementos da natureza – terra, água, fogo e ar – não devem ser desafiados por ninguém. “Qualquer fato estranho que seja facilmente identificado pode ser notificado à Defesa Civil e a órgão que integre o seu sistema, como o Corpo de Bombeiros, por exemplo, para que as medidas necessárias sejam adotadas com antecedência e se evite um desastre”, reforçou Kelson.
Em caso de ocorrência, a população deve acionar a Defesa Civil pelos números 0800-285-9020 ou 98831-6885 (WhatsApp). O serviço funciona 24 horas.
Em caso de árvores que apresentem risco de tombamento, a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) disponibiliza o telefone da Divisão de Arborização e Reflorestamento, o (83)9-8645 8430, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h. E para casos mais urgentes é possível acionar a Semam também pelo Disque Denúncia – 3218-9208, que funciona como WhatsApp, recebendo vídeos e áudios.
Caso a população precise do auxílio de agentes de mobilidade da Semob-JP, as equipes seguem de plantão, entre 6h e 0h, podendo ser acionadas através de mensagens pelo WhatsApp 83 98760-2134.