A candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PSD) à Prefeitura de Campina Grande é um dos pontos centrais das discussões políticas na Paraíba. No ano que antecede as eleições municipais, gestores de Campina, de João Pessoa e do Estado se dividem entre ataques e apoios à senadora.
Em meio a especulações, Daniela não deixa claro se será candidata. Em fevereiro, negou, mas em maio deste ano voltou atrás e disse que poderia disputar o pleito municipal. No último fim de semana de São João em Campina Grande, ela voltou a dizer que tem vontade de ser prefeita da terra natal, mas ainda assim deixou a decisão em aberto.
Fato é que Daniella tem apoio firme do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), do prefeito da Capital, Cícero Lucena (Progressistas) e do presidente nacional do PSD, partido que ela preside na Paraíba, Gilberto Kassab.
Kassab, por sua vez, esteve em Campina Grande nesse fim de semana, onde deu o aval para que ela seja candidata à prefeita, mas explicou que a senadora tem deixado a questão incerta, mesmo com insistências da legenda nacional.
Daniella tem braços em setores poderosos da política do Estado e do país. Filha do ex-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro, ela é mãe do vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro, e irmã do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas). Do outro lado, Daniella enfrenta a oposição ferrenha do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima – colega de partido.
Constantemente, os dois têm trocado farpas. Ela afirmou que o prefeito é “adversário dele mesmo”. Bruno rebateu que ela “não está bem” e carrega “ódio nas declarações”. O prefeito falou ainda que não quer responder às críticas de Daniella por acreditar que a “família Ribeiro costuma mudar de opinião”.
Enquanto prega a política da boa vizinhança com o governador da Paraíba, que é um opositor, Bruno Cunha Lima deixa esse afago de lado quando o assunto é Daniella Ribeiro, também da oposição. A abordagm seria especialmente óbvia às vésperas das eleições municipais de 2024.