O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL), e outros apoiadores do ex-presidente publicaram mensagens nas redes sociais ironizando o recuo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em relação à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária.
O ex-ministro vinha sendo um dos líderes de grupo de governadores que combatia a cobrança centralizada do novo imposto que vai substituir o ICMS estadual e o ISS municipal, sob o argumento de perda de autonomia.
Nesta quarta-feira (5), o governador mudou o posicionamento, passou a admitir a cobrança centralizada e então virou alvo de publicações irônicas de bolsonaristas. Ao lado de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, com quem havia feito reunião, Tarcísio disse concordar “com 95% da reforma”.
Em vídeo institucional divulgado pelo Republicanos, Tarcísio diz que a proposta é a “alavanca” para o país dar um salto e crescer.
Com o novo posicionamento do governador de São Paulo, além do apoio de partidos que vinham manifestando resistência, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu dar início à discussão da PEC no plenário da Casa na noite da quarta (5).
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro escreveu: “não sou 95%, sou 100% contra a reforma tributária do PT”, e listou os problemas que vê na proposta.
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) compartilhou reportagem do site Poder 360 que mostra os partidos mais beneficiados com a liberação de emendas e escreveu que está “95% convencido de que há algo de muito errado no reino da Dinamarca”.
Assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten publicou: “eu amo 95% São Paulo. Eu sou 95% contra a agenda verde. Não à Reforma Tributária. Não à Reforma do Luula. Não à Reforma do PT”.
O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) escreveu que Bolsonaro “passou quase três décadas na Câmara Federal e sabe como ‘a banda toca’ por lá. Em mais de 95% das vezes ele acertou e estou junto com o Capitão mais uma vez, o Capitão Bolsonaro.”
Na noite de quarta-feira (5), Bolsonaro criticou a reforma tributária, disse que o projeto vai na contramão do que foi feito no seu governo e que, se fosse deputado, votaria contra tudo que viesse do PT. O texto da reforma é de iniciativa do Congresso Nacional.