Em entrevista à imprensa nacional no dia de ontem (2), o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o relatório da PEC. Segundo Haddad, diz estar confiante quanto à possibilidade dos senadores ponderarem em favor de um meio termo para a aprovação da proposta e se paga para tal afirmação na capacidade de Eduardo Braga e do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que relata a reforma na Câmara, em chegar a um meio termo entre os interesses do governo e do mercado.
Prevista para chegar ao plenário no dia 8, o ministro afirmou que a meta do governo é obter ao menos 60 votos favoráveis à proposta, que precisa de 49 para ser aprovada. “Estamos muito seguros de que o relatório está bem feito, de que nós teremos, se Deus quiser, uma maioria boa no Senado e que vai ser possível promulgar a emenda constitucional ainda esse ano”, afirmou o ministro. Após a reunião com Braga, os dois anunciaram que serão feitas ainda apenas mudanças no texto, em sua maioria de redação, recomendadas por sua equipe técnica.
O principal obstáculo para a formação de uma maioria pela reforma é o alinhamento entre os interesses da Fazenda, contrária à criação de alíquotas especiais, e de grupos de lobby que pressionam por exceções que favoreçam os seus clientes. Haddad diz estar confiante quanto à possibilidade dos senadores ponderarem em favor de um meio termo.
Segundo ainda Haddad, Eduardo Braga e Aguinaldo Ribeiro devem chegar a um meio termo entre os interesses do governo e do mercado. “Eles sabem das dificuldades, eles sabem os grupos de interesse que se manifestam ali. Eles sabem que o jogo é bruto, e as pessoas precisam resistir, com bom senso e argumento, para compor os votos necessários. Nós precisamos de 49 votos para aprovar uma PEC, mas queremos mais de 60”, apontou.