Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz no ano passado, está sendo interrogado desde o fim da tarde desta quinta-feira (16), no 1º Tribunal do Júri em João Pessoa. A informação foi divulgada pela assistente de acusação, a advogada Dayane Carvalho à TV Arapuan.
O julgamento começou por volta das 9h e deve encerrar ainda na noite de hoje. O júri de Johannes Dudeck ocorre após dois adiamentos.
“Este julgamento iniciou às 9h com todos os depoimentos das testemunhas de defesa e também todas as testemunhas de acusação foram ouvidas. Neste momento, estamos iniciando o interrogatório do réu Johannes Dudeck e, logo após, teremos os debates. A previsão é de que esse júri se estenda por mais 5h ou 6h em média, se o Ministério Público não for para a réplica”, afirmou a advogada Dayane Carvalho à TV Arapuan.
O julgamento, que ocorre a portas fechadas, estava previsto para encerrar nesta sexta-feira (17), mas os jurados decidiriam estender o horário e encerrar ainda hoje, como destacou Dayane: “essa decisão de dar continuidade a esse julgamento hoje foi dos próprios jurados. O juiz perguntou se preferiam finalizar o interrogatório do réu amanhã, às 8h30, e todos decidiram ficar para concluir ainda hoje”.
Ainda de acordo com Dayane, o julgamento está seguindo uma linha esperada pela a acusação, trazendo todas as provas para melhor conduzir os jurados e os juízes que vão decidir o destino de Dudeck. “Nós estamos tentando expor da melhor forma possível para que não haja nenhuma dúvida, e, dessa forma, conseguirmos a condenação tão esperada, que é a resposta que a nossa sociedade tanto espera”.
Pena máxima
A promotora do caso Artemise Leal vai pedir a condenação do réu Johannes Dudeck, pelos crimes de feminicídio e estupro praticados contra Mariana Thomaz. Artemise informou que, com base no inquérito montado pela Polícia Civil, a promotoria explicou que outras qualificadoras com circunstâncias agravantes serão atribuídas.
O Caso
O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do réu Johannes Dudeck informando que a estudante estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa. O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.
