Caso Padre Zé: padre Egídio desviou R$ 140 milhões em 10 anos, diz MPPB

Desvios foram operacionalizados através do Instituto São José e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano

Ministério Público da Paraíba (MPPB) divulgou, na manhã desta sexta-feira (17), uma nota informando os detalhes da operação Indignus 2, que investiga os desvios no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. De acordo com as investigações, o ex-diretor da unidade de saúde, Padre Egídio de Carvalho, teria desviado R$ 140 milhões durante a sua gestão.

Esses desvios foram operacionalizados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.

A segunda fase da operação, desencadeada nesta sexta-feira (17), resultou na prisão do padre e outras duas ex-diretoras. A ex-tesoureira da instituição Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas.

As prisões ocorreram em cumprimento de ordem expedida pelo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, sob a relatoria do desembargador Ricardo Vital. Os indivíduos detidos estarão sob custódia, aguardando as deliberações da Justiça.

A operação é fruto de uma força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado da Paraíba, Polícia Civil, Receita Estadual, Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas.

Impactos dos desvios

Ainda de acordo com nota divulgada pelo MPPB, os atos ilícitos investigados tiveram um impacto em diversos programas sociais essenciais. Entre eles: a distribuição de refeições a moradores de rua, o amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros.

Além disso, o MPPB ressaltou que as operações ilícitas afetaram gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.

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