Caso Kelton Marques: júri popular de Ruan Macário acontece nesta sexta-feira

Acusado será julgado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Crime aconteceu em 2021

Após dois anos e dois meses da morte do motoboy Kelton Marques, o empresário e acusado pelo crime, Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como Ruan Macário, será julgado pela Justiça paraibana. O júri acontecerá na próxima sexta-feira (24), no Fórum Criminal, em João Pessoa.

Inicialmente, o júri estava marcado para acontecer em 14 de setembro deste ano, mas foi adiada após o advogado de defesa alegou que tinha duas audiências já agendadas na mesma data, em Catolé do Rocha, cidade onde o réu está preso.

O acusado será julgado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. No entanto, argumentando sobre a distância do local do julgamento e também o risco pela integridade do réu, a defesa pediu para que Ruan participasse do júri através de videoconferência, e a Justiça autorizou.

Relembre o caso

Kelton Marques de Sousa, de 33 anos, foi vítima de crime de trânsito no dia 11 de setembro de 2021, no cruzamento das avenidas Flávio Ribeiro Coutinho (Retão de Manaíra) e Miriam Barreto Rabêlo, em João Pessoa. Ele foi atingido por um carro em alta velocidade, conduzido por Ruan Ferreira de Oliveira.

Kelton seguia em velocidade normal pela Avenida Miriam Barreto Rabêlo quando foi atingido por Ruan. Ele foi arremessado a alguns metros e teve morte instantânea. Vídeo gravado de dentro do carro mostra que o automóvel trafegava a 163 km/h e ultrapassou o sinal vermelho no Retão de Manaíra. A gravação foi obtida pela família da vítima junto à polícia e cedida à imprensa.

O carro de Ruan Ferreira de Oliveira se chocou com o muro de um condomínio e ficou parcialmente danificado. Imagens registradas por câmeras de segurança da região mostram o motorista fugindo a pé, aparentemente sem ferimentos. Latas de cerveja vazias e maconha foram encontradas dentro do automóvel.

Desde a data do crime, familiares e colegas de Kelton Marques realizaram vários protestos na Capital para cobrar justiça. Pouco mais de dez meses se passaram sem que a Polícia Civil conseguisse cumprir o mandado de prisão preventiva expedido contra o acusado.

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