A defesa do Padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé em João Pessoa, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na busca pela liberdade do sacerdote. Padre Egídio está detido na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo desde 17 de novembro, quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Indignus. O processo será julgado pela ministra Cármen Lúcia.
Na petição encaminhada ao STF, os advogados argumentam que Padre Egídio não representa ameaça à investigação. A defesa também questiona a origem da operação, alegando que a suspeita de desvios de recursos públicos destinados ao Hospital Padre Zé teve início a partir de uma denúncia anônima, sem comprovação ou evidência dos supostos crimes.
Outro ponto ressaltado pela defesa é o estado de saúde delicado de Padre Egídio, que, segundo os advogados, é portador de diversas síndromes psiquiátricas, soropositivo, hipertenso, diabético e responsável exclusivamente por sua genitora de 92 anos.
No ano passado, tanto o Superior Tribunal de Justiça quanto o desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, rejeitaram pedidos anteriores de soltura apresentados em favor de Padre Egídio. As recusas, agora objeto de recurso ao STF, aguardam julgamento nas próximas semanas pelas Cortes superiores.