A Paraíba registrou uma queda de 9,9% no número de nascidos vivos em 2022, em comparação a 2021. O dado compõe as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (27). A variação negativa foi a maior entre as unidades da federação e, por isso, ficou acima das médias do Brasil (-3,5%) e do Nordeste (-6,7%).
Conforme o levantamento, o número de nascimentos passou de 54.834, em 2021, para 49.430 pessoas, sendo o quarto recuo consecutivo, como foi verificado também em níveis nacional e regional.
Apenas os estados de Santa Catarina (2%) e Mato Grosso (1,8%) obtiveram variações positivas. A pesquisa apresenta informações sobre casamentos, divórcios, nascimentos, mortes e óbitos fetais, a partir de registros administrativos de cartórios, tabelionatos, varas de família, cíveis e foros.
Em relação à idade da mãe por ocasião do parto, a pesquisa indica que a proporção daquelas com menos de 20 anos tem caído ao longo dos anos, passando de 15,7%, em 2021, para 14,3%, em 2022. Por outro lado, aumentou a participação daquelas que tinham de 30 a 39 anos e 40 anos ou mais, cuja participação em 2022 foi de 32,9% e 3,8%, respectivamente.
Entre os bebês nascidos vivos, 51,2% eram homens e 48,8% eram mulheres. Os meses com o maior número de nascimentos, em 2022, na Paraíba, foram: março (4.673); maio (4.466); abril (4.274); dezembro (4.250) e janeiro (4.231).
Número de óbitos tem variação de -6,9% na Paraíba, a terceira menor do país
Já o número de óbitos ocorridos no estado passou de 33.754, em 2021, para 31.411, em 2022. Um decréscimo de 6,9%, em relação ao ano anterior, menor do que as taxas verificadas para o Brasil (-15,8%) e Nordeste (-9,3%) Todas as unidades da federação apresentaram retração, sendo que o Piauí teve a menor queda (-6,3%), seguido pela Bahia e Paraíba (-6,9%). Os estados do Amazonas (-29,9%) e Rondônia (-26,6%) apresentaram os maiores decréscimos no número de óbitos perante o ano anterior (2021).
Após a pandemia, número de casamentos retoma crescimento
O total de casamentos civis registrados em 2022, na Paraíba, teve alta de 3,6%, em comparação à quantidade observada em 2021. O número passou de 16.116 para 16.700 registros. Esse crescimento ficou acima da média do Nordeste (0,3%), porém abaixo da média nacional (4%).
De acordo com o levantamento, em 2022, dezembro foi o mês em que mais casamentos foram registrados (2.295), seguido por junho (1.605), novembro (1.513) e janeiro (1.436). Já fevereiro (1.045), abril (1.121), março (1.227) e outubro (1.237) foram os meses com os números mais baixos.
A maioria dos casamentos registrados em 2022 ocorreu entre cônjuges de sexos diferentes, totalizando 16.502, com alta de 3,3% diante do verificado em 2021. Esse montante representou 98,8% do total de casamentos. Neste mesmo ano, foram realizados 198 casamentos entre cônjuges do mesmo sexo, sendo 70 entre cônjuges masculinos e 128 entre cônjuges femininos. Os resultados apontam um aumento de 42,4% perante o ano anterior, com crescimento de 42,2% para cônjuges femininos e 42,9% para os masculinos.
A idade média dos cônjuges ao casar tem aumentado ao longo dos últimos anos. Quando o casal é formado por pessoas de sexos diferentes, a média é de 31,1 anos para os homens e 28,7 anos para as mulheres. Quando pelo menos um dos cônjuges é divorciado ou viúvo, a média de idade aumenta para 45,2 anos para os homens e 40,2 anos para as mulheres. Os casais formados por cônjuges do mesmo sexo também apresentam idade maior, com médias de 33,2 anos para os casais formados por homens e 34,8 anos para os formados por mulheres.
Total de divórcios aumenta 15,2%
O total de divórcios judiciais, concedidos em 1ª instância, na Paraíba, em 2022, também aumentou frente ao constatado em 2021, passando de 4.504 para 5.189, alta de 15,2%, que foi superior à verificada para o Brasil (8,6%) e o Nordeste (14%). O número foi o maior registrado na série histórica desde o ano de 2014 (4.801).
Conforme as estatísticas, na Paraíba, grande parte dos divórcios judiciais, cerca de 45,2%, foi concedida a casais que tinham até 10 anos de casamento. Logo em seguida, estavam os casais que tinham 26 anos ou mais (17,2%), seguido por aqueles com 10 a 14 anos (16,5%); de 15 a 19 anos (11,1%); e de 20 a 25 anos (9,8%) de duração. A faixa etária mais comum na qual os homens e mulheres se divorciam é entre 40-44 anos. Nessa faixa etária, coincidentemente, estão 16,1% dos homens e das mulheres que se divorciaram em 2022.
Entre os divórcios concedidos em 1ª instância, no estado, 62,4% dos casais tinham um único filho, 29,9% dois filhos e 6,2% três filhos. Após a concessão do divórcio, entre casais com filhos menores de idade, a responsabilidade pela guarda dos filhos ficou com o homem, em 11,9% dos casos; com a mulher, em 52,8%; e com ambos, em 32,6% dos casos. A guarda compartilhada teve um aumento significativo, já que em 2021, a responsabilidade da guarda do filho para ambos os cônjuges era de 25,1%.
Com assessoria