Após mais de dois meses de paralisação, os professores das universidades federais de todo o país decidiram encerrar a greve nacional deflagrada em abril deste ano. A decisão foi tomada nesse domingo (23), após a conclusão de assembleias estaduais que reuniram maioria de votos a favor da proposta de reajuste enviada pelo governo federal no início do mês.
O acordo prevê reajustes salariais em 2025 e 2026, com percentuais diferenciados para cada classe profissional. Além disso, inclui a revogação de uma portaria de 2020 que elevava a carga horária mínima semanal dos professores.
Retorno às aulas ainda depende das universidades
As paralisações devem ser completamente finalizadas até o dia 3 de julho, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). O retorno às aulas, no entanto, dependerá da decisão interna de cada instituição federal de ensino. Caberá às universidades definir o próprio calendário acadêmico.
Outras categorias da educação também encerram greve
Antes do anúncio dos professores das universidades federais, outras categorias da educação federal também decidiram encerrar suas paralisações. No sábado (22), professores e técnicos-administrativos da rede federal de ensino básico e técnico-administrativos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) aceitaram as propostas do governo.
Técnicos-administrativos das universidades federais ainda estão em greve
A única categoria que ainda se encontra em greve é a dos técnicos-administrativos das universidades federais. A classe rejeitou a proposta de reajuste do governo no último dia 21. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) deve se reunir nesta segunda-feira (24) para reavaliar as estratégias da categoria.