O processo envolvendo o deputado Ruy Carneiro (Podemos) ganhou mais um capítulo, após a condenação do parlamentar em fevereiro a 15 anos e 10 meses de reclusão e 4 anos e 4 meses de detenção. O desembargador Joás de Brito Pereira foi escolhido relator do caso no Tribunal de Justiça da Paraíba.
Ruy Carneiro, que se declara inocente, alega que a decisão do juiz Adílson Fabrício, da 2ª Vara Criminal, foi influenciada por “interesses outros”, sugerindo motivações políticas, especialmente em função de sua pré-candidatura à prefeitura. Em maio, Adílson analisou recursos da defesa de Ruy, mas decidiu manter sua sentença inicial, levando o deputado a recorrer ao TJ.
Contexto do Caso
O caso remonta a 2018, quando o Gaeco denunciou Ruy e mais seis pessoas, incluindo ex-colegas de secretaria, por envolvimento no esquema conhecido como Caso Desk. O grupo é acusado de fraudar licitações e praticar lavagem de dinheiro, resultando em um prejuízo estimado de R$ 2,64 milhões.
Entre as evidências apresentadas, destaca-se o depósito de R$ 20 mil feito por um funcionário da Desk em 2009, relacionado à compra de um veículo GM Captiva por Carneiro. O Tribunal agora irá avaliar os recursos apresentados pela defesa do deputado, dando continuidade ao processo que pode ter impactos significativos em sua carreira política.