Nesta quinta-feira (18), o Grupo de Resgate Aeromédico (Grame), junto com o Hemocentro da Paraíba, fez o primeiro transporte aéreo de bolsas de sangue e hemocomponente, para prestar assistência a um paciente no Sertão do estado. O material foi destinado para um homem, de 65 anos, que tem leucemia e anemia hemolítica e está no Hospital Regional de Catolé do Rocha, em estado grave. A viagem durou cerca de uma hora e 20 minutos. Distante da capital 432 km, uma viagem de carro para aquele município duraria, em média, seis horas.
Junto com a tripulação do Grupo de Resgate Aeromédico, viajou uma bioquímica do Hemocentro para realizar a fenotipagem (classificação) da amostra dos doadores e analisar a compatibilidade com o paciente.
De acordo com a diretora geral do Hemocentro, Shirlene Gadelha, o estado do paciente era muito grave e a administração do hemocomponente o mais rápido possível era essencial. E devido à gravidade do paciente, ele não tinha condições clínicas para ser transportado para a capital. Diante disso, a aeronave fez o primeiro voo levando bolsas de sangue e hemocomponentes.
“Ele estava com a hemoglobina muito baixa e um sangramento intenso e, por isso, não tinha como ser transferido para a capital”, informou, acrescentando que a ação ocorreu logo após um treinamento realizado nesta quinta-feira (18) pela manhã, no Hemocentro, para os bombeiros do Grame sobre o transporte dos hemocomponentes. “Esta é mais uma ação do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, com o objetivo de salvar vidas”, pontuou.
Para o coordenador do Grupo de Resgate Aeromédico, Elvio Lievert, o serviço tem o objetivo de atender à população que necessita de ações que, devido à distância entre as unidades, ficaria inviável por terra. “Já salvamos vidas realizando o transporte aéreo para transferência de pacientes entre unidades de saúde; de órgãos para transplante e, agora, pela primeira vez, transportamos bolsas de sangue”, comentou.