A disputa pela prefeitura de Campina Grande ganhou um novo capítulo com o PSOL ajuizando uma representação eleitoral contra o candidato a prefeito Artur Bolinha, do Partido Novo. A ação, protocolada na 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, acusa o prefeitável de veicular propaganda irregular em sua campanha.
De acordo com o PSOL, a irregularidade reside na publicação de um vídeo no Instagram do candidato, no qual uma pessoa é vista fazendo um gesto controverso, frequentemente associado a grupos supremacistas brancos. O gesto, que consiste na formação de um círculo com o polegar e o indicador enquanto os outros três dedos permanecem levantados, é, segundo organizações internacionais de Direitos Humanos, um símbolo de incitação ao racismo e ao ódio contra minorias.
Na ação, o PSOL solicita que a Justiça Eleitoral aplique uma multa a Artur Bolinha, remova a propaganda ilegal do ar e casse sua candidatura. Além disso, o partido pede que seja instaurada uma investigação criminal para apurar possíveis crimes de preconceito racial e de cor em decorrência da publicação do gesto extremista.
Em sua petição, o PSOL argumenta que “a veiculação desse tipo de símbolo em propaganda eleitoral não só é incompatível com os princípios da democracia e da igualdade, mas também configura violação da legislação eleitoral, ao propagar ideias racistas e de ódio, atingindo diretamente a dignidade de grupos raciais e étnicos, principalmente de Campina Grande, onde o Representado postula a Prefeitura”.
O processo tramita sob o número 0600080-95.2024.6.15.0017, e a Justiça Eleitoral deve analisar a Representação nos próximos dias. A campanha de Artur Bolinha ainda não se manifestou sobre a ação.
A corrida eleitoral em Campina Grande promete ser intensa, com os candidatos sendo cada vez mais monitorados por seus adversários e pela Justiça Eleitoral.