Um empresário de Alagoa Grande, na Paraíba, foi preso nesta segunda-feira (16), suspeito de provocar um prejuízo de pelo menos R$ 17 milhões aos cofres públicos paraibanos por meio de sonegação de impostos.
As autoridades acreditam, no entanto, que o rombo pode chegar a R$ 30 milhões. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), o empresário é dono de uma avícola e realizava vendas de grandes quantidades de frangos para redes de supermercados, mas, para evitar o pagamento de impostos, as notas fiscais eram emitidas em nome de pessoas físicas.
A prática chamou a atenção das autoridades pela discrepância entre as quantidades comercializadas e o perfil dos “compradores”, levando à investigação que já durava cerca de um ano.
Durante as investigações, foram encontrados três perfis de pessoas cujos CPFs foram utilizados no esquema: pessoas que desconheciam o uso de seus documentos, pessoas que realmente compravam frangos, mas em quantidades insignificantes, e até mesmo pessoas que já haviam falecido. Esses indícios reforçaram a existência do esquema criminoso, que teria causado prejuízo entre 2018 e 2021, com possibilidade de ter continuado nos anos seguintes.
A operação “Abate”, conduzida pela Sefaz-PB em parceria com o Ministério Público, PGE, Secretaria de Segurança e Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e na avícola do empresário, em Alagoa Grande, além de um escritório em João Pessoa. Na casa do suspeito, foi encontrada uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas, resultando também em sua prisão em flagrante por porte ilegal de arma de uso restrito.