Ex-Gerente é denunciado por emissão de documentos falsos para formação de vigilantes na PB

Durante a investigação, o acusado admitiu ter utilizado laudos psicológicos falsos, os quais eram produzidos a partir de modelos de outros documentos psicotécnicos.

 

Durante a investigação, o acusado admitiu ter utilizado laudos psicológicos falsos, os quais eram produzidos a partir de modelos de outros documentos psicotécnicos. Esses modelos eram convertidos em imagens, com dados alterados para corresponder aos alunos matriculados na empresa. Posteriormente, os laudos adulterados eram convertidos em PDF e submetidos aos processos administrativos da PF.

 

Descoberta e Investigação

 

O esquema foi inicialmente identificado pelo Exército Brasileiro em agosto de 2022, quando dois alunos da FSEG tentaram obter Cadastro de Registro para Porte de Arma, utilizando os laudos falsificados fornecidos pela empresa. Após devolução dos processos por ilegibilidade dos documentos, foi iniciada uma investigação mais aprofundada.

 

Durante as investigações restou comprovado que nem a empresa FSEG Cursos, nem seus proprietários e outros funcionários estavam envolvidos nos crimes praticados pelos ex-gerente.

 

Psicólogas que supostamente teriam assinado os laudos falsos confirmaram que não realizaram os testes psicotécnicos com os alunos mencionados nos documentos. Isso levou à realização de uma auditoria pela Polícia Federal, que encontrou os 234 laudos fraudulentos no sistema GESP da PF.

 

Operação Apáte e Evidências Coletadas

 

Durante a Operação Apáte, autoridades apreenderam celulares dos envolvidos, nos quais foram encontrados fragmentos de imagens utilizadas na falsificação dos laudos psicológicos. Essas evidências foram fundamentais para corroborar as informações obtidas durante a investigação e comprovar a prática criminosa.

 

Consequências Legais

 

O crime de uso de documento falso, conforme o artigo 304 do Código Penal Brasileiro, prevê pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa. A denúncia do MPF representa um passo importante para o desfecho judicial do caso, visando responsabilizar os envolvidos na fraude contra a administração pública.

 

A denúncia segue agora para apreciação judicial, onde o acusado terá a oportunidade de se defender das acusações formuladas pelo MPF.

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