Em João Pessoa, a narrativa sobre um suposto esquema de coerção eleitoral levanta mais perguntas que respostas. Sem vídeos ou áudios que comprovem as acusações, a versão da Polícia Federal, amplificada por parte da imprensa, sugere que eleitores humildes teriam sido forçados a votar em certos candidatos. Até agora, faltam provas concretas.
As ações incluem buscas na casa do prefeito, apreensão do celular da filha dele, prisão da primeira-dama e afastamento do presidente da Câmara, mas não apresentam evidências sólidas. Enquanto a reputação dos envolvidos é prejudicada, o real objetivo parece ser claro: colocar a Câmara sob controle da oposição.
Com operações e prisões ocorrendo em meio às eleições, o estilo “lavajatista” de agir sem prova antes de punir se faz sentir. A Operação Território Livre aparenta ter uma agenda política: entregar o controle da Câmara a um bolsonarista e, possivelmente, a prefeitura a outro. Assim, a política local se torna um espetáculo, ameaçando a substância democrática.
Por Alexandre Correia