ALPB debate regulamentação do uso de celulares em salas de aula na Paraíba

A pauta incluiu a análise de um projeto de lei que busca regulamentar o uso desses aparelhos pelos estudantes.

A Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) promoveu, nesta segunda-feira (25), uma reunião para discutir a utilização de celulares e dispositivos eletrônicos nas salas de aula das escolas públicas e privadas do estado. A pauta incluiu a análise de um projeto de lei que busca regulamentar o uso desses aparelhos pelos estudantes.

Proposta de regulamentação

A iniciativa do debate e do projeto de lei é da deputada Cida Ramos, presidente da Comissão de Educação, que enfatizou os prejuízos que o uso descontrolado de dispositivos pode causar no ambiente escolar.
“Precisamos criar um ambiente propício à educação, onde os alunos possam se concentrar plenamente no conteúdo abordado. A tecnologia é uma aliada, mas seu uso indiscriminado pode ser um fator de distração,” afirmou Cida Ramos.

De acordo com a deputada, estudos mostram que a mera presença do celular pode reduzir a capacidade cognitiva, comprometendo a retenção de informações e o desempenho acadêmico.

Divergências e pontos de vista

A reunião contou com a participação de representantes da educação pública e privada, sindicatos de professores, conselhos educacionais, a Secretaria de Educação e outras entidades do setor. Diversos pontos de vista foram apresentados:

  • Alguns participantes sugeriram que a proibição total do uso de celulares seria excessiva e que a tecnologia pode ser uma ferramenta pedagógica eficiente, quando usada de forma orientada.
  • Outros destacaram a necessidade de disciplinar o uso dos dispositivos para evitar distrações e melhorar o aproveitamento das aulas.

O professor Felipe Baunilha lembrou que já existe uma lei na Paraíba proibindo o uso de celulares sem fins pedagógicos nas escolas.
“O fato de existir uma lei não faz com que os estudantes parem de usar o celular. O debate deve se concentrar em regulamentar formas de utilizar a tecnologia para potencializar o aprendizado, e não apenas em proibições, que não resolvem questões sociais mais amplas,” pontuou.

Soluções em debate

Entre as alternativas discutidas estão:

  • Campanhas de conscientização sobre o uso responsável da tecnologia.
  • A criação de estratégias para integrar os dispositivos móveis às práticas pedagógicas de forma que não prejudiquem o aprendizado.

A Comissão também sinalizou a necessidade de continuar o diálogo com a sociedade e instituições educacionais para encontrar soluções equilibradas que contemplem tanto o desenvolvimento acadêmico quanto as necessidades das escolas e dos estudantes.

A discussão evidencia um esforço conjunto para equilibrar o papel da tecnologia no ambiente escolar, buscando torná-la uma aliada na educação, e não um obstáculo ao aprendizado.

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