Em Conde, o clima natalino foi ofuscado por uma polêmica política que vem dando o que falar. O vereador Bel MR, eleito para seu primeiro mandato com o total apoio da prefeita Karla Pimentel (PP), está sendo apontado pela população como ingrato.
A controvérsia ganhou força após um episódio que uniu política e religião. Há cerca de 15 dias, Bel realizou um culto de ação de graças em sua residência, com a presença da prefeita que foi convidada por ele. O gesto de gratidão, no entanto, perdeu força diante da reviravolta que viria a seguir: Bel se uniu a um grupo de vereadores que descumpriu um acordo prévio firmado com Karla Pimentel sobre a presidência da Câmara Municipal.
O compromisso foi firmado durante um jantar na casa da prefeita, onde os vereadores teriam concordado com a composição de chapas para os dois biênios da presidência da Câmara. O combinado era que Daniel Júnior assumiria o primeiro biênio, seguido por Rodrigo Gonzaga no segundo.
No entanto, poucos dias após o jantar, os vereadores mudaram de posicionamento e decidiram formar outras chapas, inclusive com a participação da vereadora de oposição Munique Marinho. A atitude foi vista como negativa pelos moradores, especialmente pela postura de Bel MR, que era visto como um aliado fiel da prefeita.
A reação da população foi imediata, e grupos de WhatsApp se encheram de comentários críticos. “Já conhecemos quem traiu todos os grupos por onde passou, mas de Bel não esperávamos isso”, desabafou um morador.
A manobra política não é novidade no cenário local, mas a ingratidão atribuída ao vereador novato foi o que mais decepcionou.
Embora a independência entre os poderes legislativo e executivo seja um princípio democrático, assumir compromisso e não cumprir já demostra a fragilidade política do grupo.
Enquanto isso, Bel MR, que começou sua trajetória política com o apoio da prefeita, já carrega o peso de ser visto como o “Judas” de Conde. Resta saber como essa trama política se desenrolará e quais serão as consequências para os envolvidos.
