Donald Trump, eleito o 47º presidente dos Estados Unidos, assume o cargo nesta segunda-feira (20) em Washington D.C.. Devido à previsão de mau tempo, a cerimônia de juramento será realizada no interior do Capitólio, algo que não acontecia desde 1985, durante o segundo mandato de Ronald Reagan.
“O fator do vento pode levar a recordes de frio intenso. Não quero ver ninguém ferido nem prejudicado de forma alguma”, afirmou Trump em suas redes sociais.
O retorno à Casa Branca
Após ser derrotado em 2020 pelo democrata Joe Biden, Trump retorna ao poder em um momento histórico. Aos 78 anos e sete meses, ele se torna o presidente mais velho da história dos Estados Unidos, superando Biden, que assumiu aos 78 anos e dois meses.
Empresário bilionário e ex-apresentador de TV, Trump entrou na política em 2016, sem experiência prévia, prometendo “tornar a América grande novamente”. Durante seu primeiro mandato, adotou políticas nacionalistas e protecionistas, incluindo reformas tributárias, tarifas comerciais e restrições à imigração. Sua liderança polarizadora gerou apoio fervoroso e intensas críticas. Agora, reeleito, promete uma agenda ambiciosa, incluindo propostas controversas como o controle do Canadá, da Groenlândia e do Canal do Panamá, ideias já rejeitadas por líderes internacionais.
Cerimônia e agenda inaugural
Trump iniciou o dia com uma missa na Igreja de São João, seguida de um chá com Joe Biden na Casa Branca, uma tradição presidencial que Trump não cumpriu em 2021. O juramento e o discurso de posse ocorrerão ao meio-dia, no horário local (14h em Brasília), com o hino nacional interpretado pela cantora country Carrie Underwood.
Após a cerimônia, Trump assinará as primeiras ordens do governo no Congresso, participará de um almoço no Capitólio e do desfile presidencial pela Avenida Pensilvânia até a Casa Branca. À noite, ele discursará em três bailes de posse: o “Baile do Comandante em Chefe”, o “Baile Inaugural da Liberdade” e o “Baile da Luz das Estrelas”.
Doações recordes para a posse
O comitê inaugural de Trump arrecadou mais de US$ 170 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) para os eventos, marcando um recorde histórico. Empresas como Google, Microsoft, Amazon e Meta doaram US$ 1 milhão cada. Segundo a Associated Press, parte do valor será destinada à construção de uma futura biblioteca presidencial de Trump.
Presença brasileira e líderes convidados
Como é tradição, o Brasil será representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti, e não pelo presidente Lula, já que os EUA costumam convidar apenas embaixadores para a posse. No entanto, Trump rompeu protocolos ao convidar líderes alinhados ao seu governo, como Javier Milei (Argentina), Xi Jinping (China) e Nayib Bukele (El Salvador). Benjamin Netanyahu (Israel), Giorgia Meloni (Itália) e Viktor Orbán (Hungria) também estão na lista de convidados especiais.
Com uma cerimônia marcada por ineditismos, Trump retoma o comando dos Estados Unidos com promessas de transformar novamente o cenário político e econômico do país.
