Ibama realiza operação no Salão do Artesanato Paraibano contra uso de penas em artesanato indígena

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na última quarta-feira (22), uma operação no 39º Salão do Artesanato Paraibano, em João Pessoa, investigando indígenas suspeitos de utilizar penas de pássaros em cocares e colares comercializados no evento.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na última quarta-feira (22), uma operação no 39º Salão do Artesanato Paraibano, em João Pessoa, investigando indígenas suspeitos de utilizar penas de pássaros em cocares e colares comercializados no evento.

Em entrevista à rádio Arapuan FM, o cacique Sandro afirmou que as penas usadas nos artesanatos são coletadas de forma natural, provenientes da muda natural das aves, um processo comum no ciclo de vida desses animais. Segundo ele, nenhum pássaro sofre maus-tratos durante a coleta.

O cacique também revelou que já buscou apoio do Ministério Público Federal, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, para tratar do caso. Ele espera que providências sejam tomadas para esclarecer a situação e evitar novos episódios de constrangimento.

Durante a operação, Sandro criticou a ausência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que, segundo ele, deveria ter sido consultada antes da ação do Ibama. Além disso, ele denunciou que os indígenas enfrentaram preconceito por parte dos agentes. “Vocês são índios mesmo? Em pleno século 21, ser destratado e humilhado pelo pessoal do Ibama, que é um pessoal que vem em nossa área há muito tempo”, desabafou.

O episódio gerou repercussão e levanta questões sobre o respeito às práticas culturais dos povos indígenas e a necessidade de diálogo entre órgãos de fiscalização e comunidades tradicionais.

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