Em entrevista ao programa Meio-dia Paraíba, da Rádio Pop, nesta quarta-feira (5), o deputado estadual Felipe Leitão (PSD) afirmou que a única chance da oposição vencer as eleições de 2026 seria caso ocorra um racha no grupo governista.
Segundo o parlamentar, a estratégia da oposição é tentar desarticular a base do governador João Azevêdo (PSB) para fortalecer sua candidatura.
“A oposição só tem uma chance de disputar essa eleição: se houver uma cizânia e parte do bloco [governista] mudar para a oposição. Mas se esse grupo se mantiver unido, tchau para a oposição. O que puderem semear desunião desse lado, eles vão fazer”, declarou Leitão.
Mudança de partido e reeleição
Durante a entrevista, o deputado reafirmou que disputará a reeleição para deputado estadual e que deixará o PSD para se filiar ao PSB ou ao Republicanos.
“Eu posso adiantar só uma coisa: meu destino partidário será PSB ou Republicanos. Daqui pra lá, vamos amadurecer essa escolha, mas será um desses dois partidos. Não tenho pretensão de ser deputado federal, pelo menos por ora. Já descartei essa disputa, vou para a reeleição”, explicou.
Cenário para 2026 e possível candidatura de Efraim Filho
Felipe Leitão também analisou o comportamento da oposição nas eleições de 2026 e opinou que o senador Efraim Filho (União Brasil) só disputará o Governo do Estado caso seus adversários sejam Deusdete Queiroga (PSB), secretário de Infraestrutura, ou o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas).
“Só acredito que Efraim disputa se for contra Lucas Ribeiro ou contra Deusdete Queiroga. Acho que ele pensa que há fragilidade nessas duas candidaturas. Isso a gente percebe nas conversas que temos com as lideranças”, avaliou.
Por outro lado, o deputado afirmou que, segundo informações dos bastidores, Efraim não enfrentaria o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, em um eventual embate, como um gesto de gratidão pelo apoio recebido do Republicanos em 2018.
A entrevista reforça a disputa nos bastidores da política paraibana e as movimentações estratégicas que já começam a definir o cenário para as eleições de 2026.
