Paraíba se destaca na revista Brasileira de Cancerologia com artigo sobre registros de câncer

O estudo ressalta a importância dos registros de câncer de base populacional no país e traz experiências de diferentes estados, incluindo a Paraíba.

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi destaque na Revista Brasileira de Cancerologia, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com a publicação do artigo “Registros de Câncer de Base Populacional no Brasil: Relevância, Desafios e Oportunidades”. O estudo ressalta a importância dos registros de câncer de base populacional no país e traz experiências de diferentes estados, incluindo a Paraíba.

O trabalho foi desenvolvido pelas equipes da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS) e do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDANTS), que realizam a busca ativa de dados de câncer em 42 fontes notificadoras – incluindo hospitais, laboratórios e clínicas em João Pessoa.

A publicação do artigo na revista do Inca representa um reconhecimento ao trabalho da Secretaria de Saúde do Estado, que enfrenta desafios na coleta e registro de dados sobre a incidência do câncer na Paraíba.

desafios na coleta de dados e impacto da lei de proteção de dados

A equipe do NDANTS foi capacitada pelo Inca, com foco na ética e sigilo no acesso aos dados oncológicos. O processo de levantamento envolve busca ativa de prontuários e exames, tanto na rede pública quanto privada. No entanto, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impôs restrições no acesso às informações da rede privada, dificultando a obtenção de dados essenciais para monitorar a incidência do câncer e direcionar políticas públicas de saúde.

importância dos registros e impacto na saúde pública

De acordo com a coordenadora estadual dos registros de câncer de base populacional e hospitalar da SES, Ângela Aquino, o câncer é a segunda principal causa de morte prematura no Brasil por doenças e agravos não transmissíveis, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

“Os registros de câncer de base populacional são fundamentais para embasar políticas de prevenção e vigilância, com foco no diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura. O câncer é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 30 a 69 anos, ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório, como AVCs e infartos”, explicou.

A pesquisa também destaca que a epidemiologia do câncer exige um período maior de análise, pois mudanças no perfil da doença são perceptíveis apenas após cinco a dez anos, conforme diretrizes da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). O artigo ainda menciona o Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer, que ajudou a estruturar os registros no Brasil.

📄 Confira a publicação completa na Revista Brasileira de Cancerologia: Acesse aqui.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui