Defesa de Egídio de Carvalho recorre ao STF contra acusações de desvio de verbas públicas

Egídio, que já foi diretor da instituição, responde ao processo em prisão preventiva domiciliar desde abril de 2024, alegando problemas de saúde e a necessidade de tratamento médico.

A defesa de Egídio de Carvalho, acusado de liderar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 140 milhões em recursos públicos destinados ao Hospital Padre Zé, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). O protocolo foi apresentado nesta quarta-feira (5), mas ainda não foi designado a um relator.

Egídio, que já foi diretor da instituição, responde ao processo em prisão preventiva domiciliar desde abril de 2024, alegando problemas de saúde e a necessidade de tratamento médico.

Relembre o caso

O escândalo começou em 18 de setembro de 2023, quando Padre Egídio denunciou o furto de celulares doados pela Receita Federal, apontando Samuel Rodrigues, operador de tecnologia da informação, como suspeito. Dias depois, Egídio renunciou ao cargo de diretor do hospital.

A Polícia Civil investigou Samuel, que chegou a ser preso por furto qualificado, mas foi liberado posteriormente. No entanto, novos depoimentos prestados em 29 de setembro de 2023 levaram a uma investigação mais ampla.

Foi então que a Operação Indignus foi deflagrada, revelando irregularidades financeiras dentro da instituição. O caso teve origem no desvio de mais de 100 celulares que seriam vendidos em um bazar solidário para arrecadar fundos para uma ambulância com UTI e um carro de distribuição de alimentos.

No dia 5 de outubro de 2023, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) aprofundou as investigações e descobriu que Egídio havia contraído empréstimos no valor de R$ 13 milhões, desviando recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e impactando o funcionamento da instituição.

Diante das denúncias, a Arquidiocese da Paraíba afastou Padre Egídio de todas as funções eclesiásticas, impedindo-o de ministrar missas ou sacramentos.

O caso ganhou ainda mais repercussão após uma denúncia anônima ao Ministério Público, que resultou na criação de uma força-tarefa para apurar irregularidades no Hospital Padre Zé. A nova gestão da instituição solicitou ao Ministério Público uma auditoria completa nas contas, contratos e convênios do hospital, após constatar dívidas significativas comprometendo seu funcionamento.

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