Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram votos divergentes no julgamento que analisou a atuação de Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin na denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado.
O ministro Nunes Marques votou a favor da permanência dos colegas no julgamento, enquanto André Mendonça foi o único a se manifestar contra. Com isso, o placar terminou em 9 a 1 para manter Moraes e Dino no processo e 10 a 0 para validar a participação de Zanin.
A defesa de Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto questionava a imparcialidade dos ministros, alegando que eles já haviam atuado em ações anteriores envolvendo o ex-presidente e seus aliados. O STF, no entanto, rejeitou os argumentos e decidiu manter os três magistrados na condução do caso.
A denúncia envolve 34 acusados, incluindo Bolsonaro e ex-integrantes do governo, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a investigação, o grupo teria planejado impedir a posse do presidente eleito e até cogitado a prisão de ministros da Corte.