Em julgamento realizado nesta quinta-feira (10), o 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa absolveu Débora Pereira (nome social de André Bezerra Ferreira), que havia sido denunciada e pronunciada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suposta participação no homicídio do policial civil aposentado Luiz Abrantes de Queiroz, ocorrido em 4 de junho de 2022, no bairro Castelo Branco, na capital paraibana.
Durante a sessão, o representante do MPPB pediu a absolvição da ré, reconhecendo que não havia provas suficientes de sua participação no crime, especialmente após o depoimento da principal acusada, Gleissy Ranielly, viúva da vítima, que assumiu integralmente a autoria do homicídio em júri anterior.
“Cumprimos a decisão do Conselho de Sentença, que entendeu pela absolvição. No júri anterior da denunciada principal, Gleissy Ranielly, ela assumiu integralmente todo o crime. Nesse sentido, e por uma consequência natural, o Ministério Público pediu a absolvição de Débora Pereira”, declarou o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, responsável por presidir o julgamento.
O crime
Segundo os autos do processo, Gleissy Ranielly, companheira da vítima, premeditou o assassinato com o objetivo de se apossar dos bens do marido, um idoso aposentado da Polícia Civil. Para executar o plano, teria prometido R$ 20 mil em recompensa aos supostos comparsas.
Gleissy já foi julgada e condenada a 30 anos de prisão em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e furto.
Outros envolvidos
O mesmo tribunal também absolveu os réus Adrielly Martins Silva Pires e Francinaldo Alves da Silva da acusação de homicídio. No entanto, Francinaldo foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão em regime aberto, por corrupção de menores, por ter levado o próprio filho — menor de 18 anos — a participar da ação criminosa.
Já Adrielly Martins Silva Pires, prima da viúva e ex-babá do casal, foi absolvida de todos os crimes, com base em provas que demonstraram que ela não estava presente na residência no momento do crime.
O caso agora encerra mais um capítulo com a absolvição de Débora Pereira, após uma sequência de julgamentos que vem redefinindo a responsabilização dos acusados envolvidos no homicídio que chocou João Pessoa.