Em meio às tensões nacionais entre União Brasil e Progressistas (PP), a Paraíba desponta como um dos focos de instabilidade da aliança entre os dois partidos, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, publicada neste fim de semana. O estado foi citado como cenário de uma possível “chapa familiar” articulada pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), envolvendo a reeleição da senadora Daniella Ribeiro (PP) e a candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro ao Governo do Estado.
Apesar da especulação, os próprios envolvidos têm reiterado publicamente que não há espaço para dois membros da mesma família em uma chapa majoritária. A frase “não cabem dois Ribeiros na chapa” tem sido repetida por Aguinaldo, Daniella e Lucas, reforçando o entendimento interno sobre os limites legais e políticos de uma composição com esse formato para as eleições de 2026.
Até o momento, não há indícios de imposição de nomes dentro do grupo político. O que está definido é que o PP reivindicará uma das vagas na chapa majoritária, seja ao Senado ou ao Governo, mas a definição será feita em tempo oportuno.
O verdadeiro impasse, segundo apurou o jornal, está na divisão de posicionamentos entre os partidos na Paraíba. Enquanto o Progressistas compõe a base do governador João Azevêdo (PSB), o União Brasil atua como oposição no estado. A principal dificuldade, portanto, será a construção de um palanque unificado para 2026 — ponto considerado estratégico para a consolidação de um projeto político comum entre os dois partidos no cenário estadual.